quarta-feira, 25 de maio de 2016

MMA: Renan Barão quer vencer Jeremy Stephens para poder "voltar a sonhar"

Foto: Evelyn Rodrigues
Quem vê Renan Barão sorridente pelos corredores do Mandalay Bay Hotel e Cassino, em Las Vegas, nos EUA, ou curtindo a piscina do hotel faltando cerca de quatro dias para a pesagem do "UFC: Almeida x Garbrandt", não consegue entender o alívio que a mudança de categoria trouxe para o brasileiro. 

O potiguar, que chegou à cidade americana pesando 73 kg e que, nesta terça-feira à noite, cravou 71 kg na balança do hotel, ainda tem que perder cerca de 6 kg para bater o peso-pena (65,8 kg) até o dia da pesagem. Mas a tarefa não parece tão árdua quanto quando tinha que bater o peso-galo (61,2 kg):

- Na realidade, cheguei uns dias antes em Las Vegas, para me adaptar um pouco com o clima, que é meio seco, meio diferente do Brasil. E agora não tem mais aquele alvoroço, aquela correria da perda de peso, graças a Deus. Dessa vez está bem tranquilo, estou conseguindo manter o peso ali tranquilo, para quando chegar o dia bater bem. Esse processo no peso de baixo era estressante na parte física e mental. Quando fechava uma luta eu pensava: “Caraca, tenho que perder aquele peso de novo, tenho que passar por aquele processo de novo”, então estava sendo muito desgastante, não só mentalmente, mas fisicamente - declara em entrevista ao Combate.com.

Sem lutar desde a segunda derrota para TJ Dillashaw, em julho do ano passado, o atleta da Kimura / Nova União conta que sentiu falta do octógono, mas que o tempo longe o fez entender a importância de cuidar de seu corpo e mente:
- O tempo longe foi bom, porque eu tive que descansar um pouco o meu corpo. Estava muito cansado, muito estressado com uma luta em cima da outra, e tendo que perder peso. Eu não estava tendo uma recuperação 100%, sempre tinha um desgaste muito grande da minha perda de peso. Não conseguia recuperar para lutar bem, todo mundo via que em dois minutos de luta eu já estava sentindo o corpo cansado, já começava a mostrar fadiga. Isso foi bom, porque deu uma descansada e uma aliviada no corpo, para que eu pudesse voltar 100%. Hoje estou com bastante disposição, sem o desgaste da perda de peso, então a disposição está mil vezes maior. Acho que a vitória hoje significa voltar a sonhar. Esse é o objetivo que tenho hoje: vencer e dar a volta por cima, trabalhando duro para recuperar o que é meu.
Foto: Reprodução/ Instagram
Durante o bate-papo, Barão também falou sobre a expectativa de enfrentar Jeremy Stephens, contra quem faz a co-luta principal do UFC deste domingo, e relatou como foi a experiência de participar como treinador convidado de Cláudia Gadelha no TUF 23.
Confira abaixo, por tópicos:
Novas diretrizes para o corte de peso em semana de luta:
Eu nunca subi muito de peso, sempre fiquei na casa de 75kg, 78 kg no máximo, em período fora de competição, e sempre treinei, mesmo quando não tinha luta marcada, porque estava ajudando o time, ajudando meus amigos que tinham luta, então sempre estava em forma. Isso não me preocupa não, até porque se você for ver o que eu pesei hoje, já estou bem próximo desse limite novo.
Poder focar em outro adversário, em vez de TJ Dillashaw:

É bom e ruim ao mesmo tempo. Ruim porque eu queria fazer outras lutas com ele, sem dúvida, mas comigo estando 100%, né? Infelizmente eu não estava 100% nas vezes que o enfrentei, aconteceu o que aconteceu... E eu subi de peso agora, não vou ter mais aquele desgaste, então isso agora está tranquilo.

Participação no TUF 23:
Foi bom, foi muito legal poder abrir a minha cabeça mais ainda, ver algumas pessoas ali que são amigos e têm que lutar um contra o outro, então é algo bastante interessante e bastante diferente do mundo da galera lá do Brasil, né? Mas é isso, foi uma experiência muito boa poder vir aqui, poder acompanhar de perto, foi muito legal.
Participação no TUF mudou o seu modo de ver uma luta entre amigos? É algo possível no seu futuro?
Eu não penso nisso…na realidade, o meu maior pensamento é a minha próxima luta e, depois, meu caminho está nas mãos de Deus. Vamos ver o que vai acontecer daqui para frente.
Como se virou sem falar inglês na casa?

Não muito..eu entendo um pouco e falo pouca coisa, só para sobreviver. Algumas pessoas no time falavam inglês, como a Claudinha, o Ronaldinho e o Jair, então eles desenrolavam e dava pra eu me virar. Sem dúvida, alguma aprendi muito com essa passagem na casa, na parte de treinamento também. Tinha alguns atletas que já foram "All American" aqui no wrestling, consegui passar e aprender algumas técnicas e posições. Foi bem legal.

Jeremy Stephens

Ele é um cara duro, que parte para a briga, cai para dentro, é bem forte. Sem dúvida nenhuma, treinei um pouco de tudo, em pé, no chão, como botar para baixo, onde quer que a luta se desenrolar ali eu vou estar bem.

Vai continuar com a superstição de raspar a cabeça antes da pesagem?

Agora não tem mais necessidade disso, né? Estou bem tranquilo e vou aparecer com o meu estilo moicano, que é o corte que eu gosto e que eu venho cortando há bastante tempo. Esse negócio de raspar a cabeça nunca mais!

UFC: Almeida x Garbrandt
29 de maio, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL (a partir de 22h de Brasília):
Peso-galo: Thomas Almeida x Cody Garbrandt
Peso-pena: Renan Barão x Jeremy Stephens
Peso-meio-médio: Rick Story x adversário a ser anunciado
Peso-médio: Chris Camozzi x Vitor Miranda
Peso-meio-médio: Jorge Masvidal x Lorenz Larkin
Peso-leve: Josh Burkman x Paul Felder
CARD PRELIMINAR (a partir de 19h de Brasília):
Peso-galo: Sara McMann x Jessica Eye
Peso-leve: Abel Trujillo x Jordan Rinaldi
Peso-médio: Jake Collier x Alberto Uda
Peso-leve: Erik Koch x Shane Campbell
Peso-galo: Aljamain Sterling x Bryan Caraway
Peso-pesado: Chris de la Rocha x Adam Milstead

FONTE: Combate.com

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