quinta-feira, 28 de abril de 2016

OLIMPÍADA: A ficha ainda está caindo", revela nadador potiguar após vaga olímpica


A 100 dias dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, apenas um potiguar garantiu participação na disputa mais desejada pelos atletas. 

Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
O nadador Marcos Macedo assegurou sua ida aos jogos na última quarta-feira, no Troféu Maria Lenk. Nenhum competidor bateu o índice que o nadador já havia conquistado, de 52s17, e assim, o potiguar ficou com a vaga nos 100 metros borboleta. Depois de alguns dias de descanso e de muita comemoração, Marcos voltou a Natal e ganhou uma festa de surpresa, apesar de estar com o foco completamente voltado para as Olimpíadas. Mesmo com o período para aproveitar a família e os amigos, o nadador já retomou os treinamentos. 

- Agora tenho uma rotina, um foco ainda maior porque não tem tanto tempo assim. São três meses e meio até o início das Olimpíadas. Mas, só em estar aqui com a família e amigos já é bom para a cabeça - lembra o atleta.

Marcos será o primeiro potiguar a participar dos Jogos Olímpicos na natação. Outra potiguar, a corredora Magnólia Figueiredo, já havia representado o Rio Grande do Norte no atletismo em outras três edições - Seul, em 1988, Atlanta, em 1996, e Atenas, em 2004, como reserva da delegação. No basquete, o craque Oscar Schmidt vestiu a camisa da seleção brasileira em cinco Jogos Olímpicos - 1980 (Moscou), 1984 (Los Angeles), 1988 (Seul), 1992 (Barcelona) e 1996 (Atlanta). O estado ainda possui algumas potências para a disputa das Paralimpíadas, como os nadadores Clodoaldo Silva, Joana Neves e Edênia Garcia. Para tornar o sonho olímpico ainda mais inesquecível, Marcos Macedo almeja uma medalha na prova dos 100 metros borboleta, pela qual se dedica quase o dia inteiro.
Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
- A ficha ainda está caindo aos poucos. Da semana passada para cá, mas eu estou me sentindo bastante orgulhoso, é um primeiro passo que eu estou dando em busca de algo que eu planejei e sonhei há bastante tempo. Ainda falta mais uma parte, que eu quero chegar a final olímpica, mas é um sentimento de muita felicidade. Pode representar meu estado, que infelizmente tem tão poucos atletas. A gente tem a sorte de ter vários paratletas, que representam muito bem o nosso estado. É um sentimento de orgulho e, ao mesmo tempo, misturado com uma frustração até de saber que tem condições, mas a estrutura não é dada. Eu poderia até ser mais um e comemorando com vários atletas esse feito - conta.
Para poder participar dos Jogos Olímpicos, Marcos abriu mão do sonho de ser psiquiatra. Aluno de Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), precisou trancar o curso superior para se dedicar exclusivamente ao esporte. Em 2011, o potiguar havia feito a escolha contrária, quando abriu mão da vaga no Pan de Guadalajara para se dedicar aos estudos.

Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
- Foi uma decisão difícil e, por isso, conversei bastante com eles, mas desde que eu comecei a ter um tempo mais apertado, até mesmo estudando para o Vestibular, eu já pensava que se fosse para levar os dois sonhos de ser atleta profissional e também cursar Medicina, eu sabia que em algum momento teria que abrir mão de um dos dois. Em 2011, eu já havia tomado uma decisão difícil de abri mão de Panamericano por causa do curso, e em algum momento, esse sacrifício deveria ser feito. Me formar um ano antes ou depois na vai mudar minha vida, não vai influenciar o tipo de profissional que eu quero ser. Então, contei com o apoio deles e tomei a decisão de uma forma mais fácil e ficou menos pesada, quando se tem a família apoiando e de alguns amigos - explica.


FONTE: GloboEsporte.com/RN

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